Escrever velozmente, sem perder a qualidade: aí está um dos maiores
desafios da redação. Veja dicas para se aproximar desse ideal.
São Paulo — Na
hora de escrever a redação de um concurso público ou textos profissionais como e-mails e
relatórios, é preciso fazer uma escolha difícil: ou você desperdiça horas
tentando encontrar as palavras certas, ou produz velozmente um emaranhado de
ideias cheio de ambiguidades, repetições e até erros de português.
Escrever
é, por essência, demorado — mas a pressa do mundo moderno exige a capacidade de
se comunicar com agilidade, e sem mal-entendidos.
A boa notícia é que conciliar rapidez e
qualidade na escrita não é impossível, garante Rosângela Cremaschi, professora
de comunicação da FAAP (Fundação Armando Álvares Penteado) e consultora
empresarial na RC7.
“Existem
várias técnicas para otimizar o tempo que você gasta com a redação, sem
comprometer a clareza, a correção e a precisão do resultado final”, diz a
professora.
O segredo
está em tomar certas providências no planejamento e na execução do texto.
Confira a seguir 4 truques sugeridos por especialistas no tema:
A
dica parece óbvia, e é: quanto mais curto for o seu texto, menos tempo você
gastará para produzi-lo. O problema é que ser econômico não é tão simples
quanto parece, diz Diogo Arrais, professor de língua portuguesa e autor gramatical
pela Editora Saraiva.
“Escrever
textos pequenos é uma arte, que só pode ser desenvolvida com o treino”,
explica ele, que aprimorou sua própria capacidade de concisão com a ajuda do Twitter, rede social em
que as atualizações não podem ter mais do que 140 caracteres. Tem empresa? veja com a Mandaê
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A
vantagem de ser sucinto não é apenas gastar menos tempo, mas também
produzir textos com maior probabilidade de serem lidos. Aí vai uma sugestão de
exercício: experimente pegar um texto já produzido e reduzir o número de linhas
pela metade, sem adulterar o sentido original. Ironicamente, você gastará boas
horas nesse treino, mas economizará muito tempo no futuro.
Planejamento
também ajuda a redigir mais rapidamente. Rosângela Cremaschi, professora de
comunicação da FAAP, orienta que se faça uma pequena lista de tópicos com as
principais ideias que você precisa abordar. Organize esses pontos numa ordem
lógica, que passe por introdução, desenvolvimento e resolução.
Com
esse esqueleto em mãos, fica fácil ir simplesmente “recheando” cada item com um
ou mais parágrafos. O tempo que você perde elaborando esse roteiro acabará
sendo recuperado em dobro na hora da execução.
Segundo
Arrais, também vale incluir nessa lista as referências ou citações que você
precisa apresentar no seu texto. No caso de uma redação de concurso público,
por exemplo, pode-se compilar leis, conceitos e autores considerados
essenciais para o tema proposto pela banca.
Nunca
comece a escrever sem antes ter certeza absoluta sobre o que deseja dizer. De
acordo com os professores ouvidos por EXAME.com, um dos fatores que mais atrasam o trabalho de um redator é
estar inseguro sobre suas próprias teses e, por esse motivo, mudar
constantemente de direção argumentativa.
O
ideal é estudar, pesquisar e buscar o máximo possível de informações sobre o
assunto antes de se lançar à folha em branco. Isso também vale para as redações
de concursos públicos: você ganhará agilidade se já tiver familiaridade com os
temas normalmente cobrados naquele tipo de exame.
Cremaschi
diz que o foco deve estar na comunicação, e não tanto no estilo do texto.
Concentre-se em passar seu recado, mesmo que para isso precise abdicar de
construções elaboradas ou frases de efeito. Preocupe-se apenas em caprichar na
introdução e no fechamento, as duas pontas “nobres” de um texto.
Seja
num concurso público, seja na rotina corporativa, ninguém precisa redigir como
um autor de literatura. A melhor opção é optar por um vocabulário preciso e
simples. Palavras complicadas só servem para confundir o leitor e deixar o
processo de escrita mais lento.
Outra
dica é sempre escrever as orações na ordem direta, com sujeito (“O relatório”,
por exemplo), verbo (“contém”) e complemento (“dados atualizados”). Essa
estrutura organiza o seu raciocínio e permite concatenar ideias mais facilmente.
Ironicamente,
textos fáceis de ler são os mais difíceis de redigir. “Todo mundo diz que
pessoas que escrevem bem têm o hábito da leitura, mas isso não é bastante”,
diz Cremaschi. “É preciso aproveitar cada pequena oportunidade, cada
mensagem de celular, cada bilhetinho, para se exercitar”.
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